Seu pai trabalhava na fazenda e sua mãe cuidando do lar. Logo após o seu nascimento, sua família veio para Santo André, cidade da Grande São Paulo, para tentar a vida trabalhando na Rhodia como operador de máquina têxtil. Marlene estudou e se formou em Manequim; começou a trabalhar aos 14 anos e aos 16 anos conheceu seu marido e se casaram quando ela tinha 24 anos. Em 1990 recebeu o convite da cunhada para trabalhar no CEAPOG, no INPES e na Biblioteca do IMES. Graduou-se em Publicidade e Propaganda no IMES em 1998; atualmente (2018) trabalha na secretaria do Stricto Sensu da USCS. |
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Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)
Núcleo de Pesquisas Memórias do ABC e Laboratório Hipermídias
Depoimento de Marlene Forestieri de Melo, 48 anos.
São Caetano do Sul, 14 de julho de 2018.
Entrevistador: Luciana Cunha e Priscila Perazzo
Equipe técnica: Indefinida
Transcritor: Bruno Paulino Rodrigues
Pergunta:
Começa falando pra gente por favor, seu nome completo, seu local e data de nascimento.
Resposta:
Marlene Forestieri de Melo, nasci em José Bonifácio, 11 de março de 1970.
Pergunta:
Aonde é José Bonifácio?
Resposta:
José Bonifácio é uma cidadezinha do interior, pros lado lá, indo pra Votuporangá, São José do Rio Preto esse lugar. Todos nós nascemos no interior né, aí (...) aí meu pai veio né saiu. Meu pai era, ele cuidava de fazendas né então cada filho nasceu numa cidadezinha do interior, ai depois de lá.. eu fui a última, a caçulinha, ai nos viemos embora.
Pergunta:
Quantos Filhos?
Resposta:
Somos em quatro, três mulheres e um homem.
Pergunta:
E o seus pais são da onde?
Resposta:
São do interior também, todos eles são [interrupção para perguntando se os pais são de cidades diferentes] cidades (...) é de Cosmorama.
Pergunta:
Cosmorama!
Resposta:
Cosmorama.
Pergunta:
Também ali na região?
Resposta:
Também, tudo esses lados.
Pergunta:
Sua mãe também trabalhava?
Resposta:
A minha mãe (...) meu pai trabalhava em roça né, cuidando das fazendas e minha mãe não, minha mãe sempre ficou dentro de casa, sempre cuidou do lar.
Pergunta:
Qual sua data de nascimento?
Resposta:
11 de março de 1970
Pergunta:
48 hoje?
Resposta:
48.
Pergunta:
Então conta um pouquinho da sua infância, infância foi é, você saiu da José Bonifácio com quantos anos?
Resposta:
É, não, eu sai da José Bonifácio de colo.
Pergunta:
A, e foi morar em...
Resposta:
É, ai nos já viemos pra cá, ai nós é (...) ai é já viemos para Santo André, que meu pai veio tentar a vida aqui, meu pai sempre trabalhou, veio, saiu do interior para trabalhar na Rhodia né, ai todos nos fomos criados ate então em Santo André.
Pergunta:
E que lugar de Santo André vocês vieram?
Resposta:
Primeiros nós fomos para (...) não vou lembrar o nome lá do bairro, eu não vou lembrar, mas é lá pros lados do (...) ai como é que chama ali (...) ai não vou lembrar, depois se eu lembrar se vocês quiserem vocês colocam tá. É mas ai depois eu já vim pra Vila Lucinda com três anos de idade, vim pra Vila Lucinda e fiquei até então lá. Mesmo depois de casada, continuo naquele bairro só um pouquinho mais pra baixo da casa dos meus pais, mas continuo lá.
Pergunta:
E seu pai veio pra Rhodia porquê? Foi chamado?
Resposta:
Não, eles quiseram tentar a vida aqui em São Paulo né assim no, é que na época, tudo bem que tudo é São Paulo, mas na época você falava vou pra São Paulo que era o centro, pra eles na época era né (...) esses mais de 50 anos atrás né, pra eles era o auge né, você vinha pra São Paulo pra tentar a vida né, pra cidade grande e meu pai veio com já, com a proposta de trabalhar da Rhodia, ai na época que ele chegou aqui ele precisou passar por uma cirurgia, ai o pessoal apoiou ele, falou faz tudo o que você tem que fazer que seu serviço esta garantido, ai ele foi né, fez a cirurgia, na época de (...) da tireoide, ai se recuperou tudo, começou a trabalhar no Rhodia e se aposentou lá.
Pergunta:
E que serviço ele fazia lá?
Resposta:
Operador de máquina.
Pergunta:
Em qual das Rhodias porque nós tínhamos mais de uma Rhodia aqui no ABC, não tinha?
Resposta:
Não, de primeiro acho que era uma só, depois que foi desmembrando os polos né [gestos com as mãos] mas era ali na avenida do Estado, do lado do rio mesmo, que agora eu acho que é só o polo que tem ali de têxtil né, agora acho que é a têxtil né, Rhodia têxtil que tem ali.
Pergunta:
E ele operava maquina têxtil?
Resposta:
É .
Pergunta:
E, você tem alguma lembrança dele, sobre sair da roça e trabalhar em fábrica? Como é que ele falava sobre isso
Resposta:
Não pra ele, é pra ele assim é na época que ele comentava pra ele foi assim maravilhoso, porque a vida na roça apesar deles terem nascido na roça, sendo criado, é um trabalho né, muito esforçado né, de baixo do sol né, não importa se está sol, chuva, se tá lá trabalhando, e tinha épocas que tinha geadas né que acabavam com toda a plantação então ele falava que era uma época muito difícil , as vezes eles não tinham nem o que comer, então pra ele vindo pro Rhodia e ele com quatro filhos, porque ele já veio com os quatro filhos né, ter o salário lá fixo todo mês [5´] pro meu pai foi uma glória, graças a deus hoje ele esta muito bem, conseguiu fazer o pé de meia dele, construir a casinha dele, comprar, construir a casinha dele né, ai veio ele veio meu tio junto (o irmão dele), os dois vieram foram pro Rhodia se aposentaram juntos, e moram um do ladinho do outro até hoje [risos] gracinha.
Pergunta:
E ai aonde você foi estudar quando você estava em tempo de escola?
Resposta:
Em tempo de escola eu estudei na João Paulo Segundo, que é lá perto, uma escola municipal, depois eu estudei no Ester Medina (...) ai quando eu terminei os estudos (...) eu fiz apesar de não ter altura né, eu me formei em manequim, só não segui a carreira porque assim eu acho que não era mesmo pra mim né, não era uma coisa que eu queria mesmo pra mim, só fiz para conhecimento e depois comecei trabalhar na USCS em 1990, com 20 anos.
Pergunta:
Nessa época era concurso?
Resposta:
Não, na época que eu entrei não, na época que eu entrei é era (...) a mãe das minhas sobrinhas trabalhava no Departamento Pessoal, ai precisava de uma vaga para trabalhar na época era chamava-se CEAPOG né a pós- graduação, para trabalhar lá, ai ela me convidou né, ai eu vim, na época o coordenador, porque não era estrutura de universidade era de instituto né, então tinha o coordenador que era o professor Silvio, ai vim pra conversar com o professor Silvio, ai como na época também tinha o professor Marco Antonio que estava no lugar do professor Moacir, que o professor Moacir acho que na época tinha se candidatado ai o Marco tinha subido o cargo de diretor, ai conversei com o professor Marco Antonio, e quando é, e quando eu entrei na USCS, é [movimenta a cabeça de um lado para o outro indicando que se equivocou] no antigo IMES para trabalhar CEAPOG ai o professor Silvio ainda falou assim : ‘Mesmo trabalhando no CEAPOG você vai ajudar o Impes e se precisar pode ajudar a biblioteca', então acabei ajudando um pouco a biblioteca, que na época tinha a Odete e ajudava o Impes também.
Pergunta:
A Odete que é sua irmã funcionaria, ela entrou antes?
Resposta:
Não, a Odete, ela entrou depois de mim. A da biblioteca era bibliotecária.
Pergunta:
Ainda voltando na sua infância, conta como era na época, brincadeiras.
Resposta:
Lembrei, vim de colo, e morávamos em... Esqueci novamente, aí quando nós viemos para esse bairro em que estamos, Vila Lucinda, eu tinha três anos, e naquela época não se usava cinto, e eu estava dormindo no colo da minha mãe, e eu lembro de ver a estrada e perguntaram se estávamos chegando, e ela disse que já chegamos. A estrada era feita de barro, ainda, e engraçado que eu tenho essa lembrança até hoje, e antes de vir para essa casa, morávamos em, a rua não era asfaltada nesse bairro, e a gente brincava muito do desenho super dínamo, brincávamos de bicicleta, pipa, carrinho de rolimã, isso desde os três anos, todo mundo junto, e hoje não vemos mais, e naquela época era peão, fubeca, e quando viemos para Vila Lucinda, era a mesma coisa, bicicleta , em julho soltava pipa, todos os primos, naquela época com a faixa etária igual, então brincávamos mesmo, chutar lata, pega pega, a rede de vôlei na rua, essas eram nossas brincadeiras[10']. Meu marido conheci com 16 anos, pois éramos todos um grupo, e a minha turma juntou com a dele, e todos curtíamos rock, cresci curtindo mas hoje sou bem eclética, mas sempre andando em turma, e desde os 16 anos, conheci meu marido, 24 me casei, e tive uma grande ajuda do meu pai, pois quando nos noivamos, meu pai nos ofereceu para morarmos na casa deles por enquanto, e ficamos lá por dez anos até comprarmos nossa casa, e foi tudo bem em harmonia, tanto que quando me mudei achei que minha mãe ficaria mal mas quem ficou foi meu pai, até brincavam, até ofereci para eles virem, mas não. Porém, sentiram minha falta, e graças a deus todo mundo se da bem.
Pergunta:
Mas vocês cursaram a mesma escola?
Resposta:
Não, acho que apenas no Ester Medina, que cursamos um ano, mas não na mesma sala, mas nos conhecemos de turminhas.
Pergunta:
No ensino médio então foi lá, e você lembra?
Resposta:
Bem pouco, mas do Papa eu lembro de uma amiga da época que até hoje a gente se encontra, não estudei no primário, fui direto ao primeiro ano, tanto que no dia eu chorei demais, e na época eram aquelas cadeiras para duas, e fiz uma amizade, a Graziela, e até hoje nos encontramos. Até hoje ela mora na rua da escola, e foi uma época muito boa, e do Ester Medina foi uma outra turma, outro tipo de pessoa, e nessas turmas conheci meu marido. Estudava de noite no Ester.
Pergunta:
Você trabalhava?
Resposta:
Sim. Eu trabalhei em imobiliária, desde meus 14 anos, em serviços temporários em lojas, tipo Marisa, caixa de açougue, escritório de advocacia, trabalhei numa loja de embalagens, Cavalcante, na época descia em Utinga e vinha 20 minutos, perto da Coop, trabalhei em uma fábrica de embalagens e depois vim para a USCS[15']
Pergunta:
E o que te chamou atenção aqui na USCS?
Resposta:
Então, na época que vim eu já estava desempregada, e uma vizinha comentou, no CEAPOG e na Biblioteca. Deixei com ela as coisas e vim para cá, e estou até hoje. Mudando de área, mas até hoje.
Pergunta:
Era aqui, você tinha lembranças do prédio?
Resposta:
Era aqui, mas na época era apenas a parte do meio, o prédio B, entrava pela Goiás, na frente era m estacionamento de paralelepípedo, e tinha a estatua de madeira de São Pedro. Ai você passava todo o estacionamento, para ir para lá, aí depois construíram a parte onde hoje é a reitoria, foi feito para o CEAPOG, o corretor do departamento eram salas e a secretaria, e onde era a reitoria fizeram um lugar para o MBA em financias e Bank, mas tudo da pós, aí saímos e fomos para onde estamos hoje, no prédio A, aquele espaço mesmo, e depois dali fui ao centro. Ficamos 12 anos lá, voltamos, e vamos sair novamente, indo para o Conceição.
Pergunta:
Explica o que é esse esquema, a pós estava feita?
Resposta:
Sim, tanto que CEAPOG significa Centro de Estudos e Aperfeiçoamento de Pós-Graduação. Naquela época, os cursos eram redondos. Curso de marketing, administração geral, de construção, financeira, e tinha o bloco de disciplinas, mas a estrutura era quase a mesma. Tinha o curso de extensão, das disciplinas avulsas. Ou você tinha a área, na qual você fazia tudo e saia com certificado.
Pergunta:
Então a pós era como um Lato Sensu.
Resposta:
Pode se dizer que sim, era um Lato Sensu.
Pergunta:
Então você viu a montagem do Stricto Sensu.
Resposta:
Sim, começou no segundo semestre de 1998 com o mestrado em administração. Aí conseguimos o reconhecimento do curso em 2004, aí estava na gestão do professor Renê, aí entrou o doutorado em 2010 em administração, depois o mestrado em comunicação, e agora começaram a virem as estruturas dos mestrados profissionais [20'].
Pergunta:
E qual o seu trabalho, como era, o que você tinha de fazer?
Resposta:
Quando CEAPOG entrei para ajudar na secretária, então depois de um ano e meio tivemos de prestar o concurso. Prestamos, a Celina saiu nessa época, e ficamos apenas eu e a Neusinha, e a profissional que sou hoje, devo agradecer a Neusa e ao Silvio, pois eu entrei aqui com vinte anos, então essa parte de cuidar de uma secretaria foi com ele que aprendi muito, então virou centro universitário e virou universidade, onde mudou. Ele virou pró-reitor, continuei com ele, a gestão passou para o Rene, continuei na secretaria, mas com o Lato e o Stricto, o Silvio me ofereceu para cuidar do Stricto Sensu, mas mesmo assim eu ajudava a secretaria e o Lato. Até desmembrar, aí fiquei com o Stricto.
Pergunta:
E dentro da secretaria, o que você deve cuidar?
Resposta:
Olha, dentro da secretaria a gente deve cuidar desde a informação do candidato até ele virar aluno e regressos. De tudo um pouco. Atendimento de telefone, professor, aluno, candidatos de processo seletivo, tem reuniões que são as comissões de pós, que são passados todos os tipo de informações, desde o ingresso, como trancamento, a parte de material de qualificação, defesas, pós-defesas, homologação de regimentos, tudo isso passa pela secretaria que passa pela comissão. Cuidamos do processo seletivo, desde a inscrição online, então ajudamos na entrevista, comissões, toda essa parte.
Pergunta:
E qual é a sua equipe hoje?
Resposta:
Olha, hoje dentro da secretária temos a Denise, que fica entre a tarde e a noite, a Ana que fica comigo entre a manhã e a tarde, e nós três cuidamos. Eu direciono serviços, a parte que a Ana cuida, a tarde eu a Ana e a Denise, e faço uma distribuição para não sobrecarregar ninguém, porque não é pouca demanda.
Pergunta:
E sobre a biblioteca?
Resposta:
Essa eu trabalhei por fora[25'], já que o curso era pequeno e a demanda não era tão grande, ajudávamos encapando livro, na época tinha uma ficha atrás, colávamos, fazíamos os tombos, colávamos a ficha e colocávamos outra dentro, com plástico aprendemos uma técnica para encapar, no IMPES também, rodávamos as pesquisas, rodava, grampeava, era tudo na mão, intercalava as pesquisa, grampeava para ir em campo, e muitas vezes fora do período saiamos para ajudar o pessoal na montagem dos relatórios, mas ajudaram muito na pós, pois esses professores foram meu também. Priscila, Maria do Carmo, Silvio, muitos que estiveram comigo trabalham hoje. Eu fiz publicidade, propaganda. Entrei em 1998, a professora Priscila foi minha professora da segunda turma.
Pergunta:
Conta do livro que você me deu, a história dele.
Resposta:
Gente, a professora Priscila, ela passava um livro, lembro até hoje, os Bestializados, eu não entendia nada, ela pedia para fazer um fichamento e eu não entendia. Eu fiz o fichamento mesmo assim, depois de um bom tempo, ela trabalhávamos conosco, e eu lembrei do livro e disse que doaria. Ela falou que não, que estava em falta e precisava, fui entregar fiz até uma dedicatória, falando que podia levar, foi bem legal, e eu lembro vagamente, era algo de guerra com o Rio de Janeiro, mas aquele livro foi um terror.
Gente, a professora Priscila, ela passava um livro, lembro até hoje, os Bestializados, eu não entendia nada, ela pedia para fazer um fichamento e eu não entendia. Eu fiz o fichamento mesmo assim, depois de um bom tempo, ela trabalhávamos conosco, e eu lembrei do livro e disse que doaria. Ela falou que não, que estava em falta e precisava, fui entregar fiz até uma dedicatória, falando que podia levar, foi bem legal, e eu lembro vagamente, era algo de guerra com o Rio de Janeiro, mas aquele livro foi um terror.
Pergunta:
Fala um pouquinho do curso de publicidade, algumas coisas que você lembra, o que faz você funcionaria fazer um curso.
Resposta:
Pensei que fazendo publicidade conversaria mais, foi para me soltar, eu fazendo esse curso, querendo ou não, eu gostava de exatas, e não tinha curso, e quando abriram cursos de manhã, publicidade e direito, achei melhor mídia, tinham cálculos, que eu gostava, mas eu pensei em fazer publicidade por ter de desenvolver peças, fazer propagandas, me soltar, e entravam partes de mídia, coisas em que eu me encaixava, e o professor Marin, eu gostava muito dele, foi alguém muito importante nesse período de graduação [30'], e quando terminamos o curso, entregando o trabalho final, pensei que vim para isso e nosso trabalho era sobre um licor, e tivemos uma propagando, portfolio e tudo, nosso trabalho foi cotado e fomos para São Paulo apresentar em um prédio de publicidade e propaganda. Pegamos o segundo lugar, e na época ganhamos certificados, e tínhamos até uma menção honrosa, que ninguém ganhava, mas eu ganhei na parte de mídia, e até pensei: que bacana. Trouxemos o segundo lugar e a menção honrosa, o esforço compensou.
Pergunta:
E quando você entrou em 1990, já havia computador?
Resposta:
Não, eram máquinas, maquias de escrever manuais, elétricas e eletrônicas, em 1990.
Pergunta:
E você acha que facilitou de lá para cá?
Resposta:
Sim, eu acho que facilitou então se ia digitar uma carta, se tinha um erro era para jogar fora e fazer novamente, na eletrônica dava para corrigir com uma fitinha, mas na época, a Neusinha digitava as teses, de muitos, ela digitou nessas maquinas, se errava algo teria de refazer tudo, e essa modernização mudou tudo, e lembro quando a USCS trouxe os computadores e não sabíamos usar, então abrimos muitas janelas, e o professor Silvio perguntou e eu até achei estranho, mas ele me ensinou e também tivemos cursos, tudo, mas na época nem sabia mexer, porém fuçando descobri.
Pergunta:
A Odete entrou depois de você?
Resposta:
Ela entrou cinco anos depois de mim, em 1995.
Perguntou:
E como foi?
Resposta:
Ah, pois era concurso, e desde antes se comentava, e quando ela entrou, trabalhou no INPES, porém a Odete era de RH, tanto que trabalhava nas Casas Bahia, pediu transferência e está até hoje. Até nos formamos juntas no mesmo ano, e eu tive meu primo, que estudou aqui, uma prima que está estudando, e as vezes tem até primos que estudam e não sabemos, e uma vez eu vi que havia uma prima minha na secretaria, ela iria fazer o Lato Sensu, entreguei as coisas e ela foi, mas as vezes você tem parentes aqui e nem sabe.
Pergunta:
Tiveram filhos?
Resposta:
Sim, o Allan, de 13 anos.
Pergunta:
E como foi a experiência?
Resposta:
Bom, quando eu me casei, com 24 anos, quando casamos, falamos que a intenção não era ter filhos, aí como meu pai ajudou, conseguimos nosso terreno, carros, casa, e até pensamos em para quem deixar, então decidimos ter um filho, aí tivemos o Allan com 34 anos, mas foi muito bom, não me arrependo. Tive uma gravidez ótima, até brinco com ele, mas foi uma experiência muito boa.
Pergunta:
Tem alguma historia que você gostaria de marcar?
Resposta:
Bom, a minha historia de vida, quando eu entrei aqui, por mais que eu tivesse já trabalhado, aqui foi uma escola até lição de vida, a Neusa que me ensinou tudo, professor Silvio que foi muito importante, me ensinou muito, o Rene, Gil, Priscila, só tenho de agradecê-los por tudo que eu aprendi para ser o que eu sou hoje.
Pergunta:
O que a USCS representa para você?
Resposta:
Olha, apesar de ter trabalhado em outros lugares[40'], eu considero a USCS meu primeiro emprego, como fiquei tanto tempo, ela foi meu ponto forte, que ajudou, e até brinco fingindo não, mas na época o IMES, eu cresci junto, então aqui é minha primeira casa, minha mãezona, gosto muito da USCS.
Pergunta:
E o que você diria para quem está chegando agora?
Resposta:
Olha, igual quando abre concurso, eu digo que aqui, querendo ou não, é bom para trabalhar e estudar, meu convívio é bom, só falam bem, todos que pedem informação eu digo que podem ficar tranquilos, isso para quem conhecemos e quem pergunta, vestimos a camisa, vimos tudo. Estão de parabéns, é um lugar ótimo para trabalhar e estudar.
Pergunta:
Mais alguma coisa?
Resposta:
Não, acho que não.
Lista de Siglas:
CEAPOG: Centro de Estudos e Aperfeiçoamento de Pós-Graduação do IMES
IMES: Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul
USCS: Universidade Municipal de São Caetano do Sul
RH: Recursos Humanos
INPES: Instituto de Pesquisa da USCS